4.4.11

Destino (1945-2003) Salvador Dalí + Walt Disney











O curta narra a história de Chronos, a personificação do tempo e a incapacidade de realizar seu desejo de amor por uma mortal. As cenas misturam uma série de pinturas surreais de Dalí com dança e metamorfose.

A produção de Destino começou em 1945, 58 anos antes de sua finalização e foi uma colaboração entre o americano Walt Disney e o pintor surrealista espanhol, Salvador Dalí.

Salvador Dalí e Walt Disney
Destino foi produzida por Dalí e John Hench durante 8 meses entre 1945 e 1946. Dalí, na época, descreveu Hench como uma "silhueta espectral", que sabia melhor que Dalí ou Disney os segredos do filme. Por algum tempo, o projeto permaneceu secreto para grande parte do estúdio. O trabalho do pintor Salvador Dalí era preparar um seqüência de seis minutos combinando animação com dançarinos ao vivo e efeitos especiais para um filme no mesmo formato de "Fantasia".


Dalí trabalhando no estúdio Disney


Os personagens estão lutando contra o tempo, o gigantesco relógio solar que emerge da grande face de pedra de Júpiter e que determina o destino de todos os romances humanos.


Dalí e Hench estavam criando uma nova técnica de animação, o equivalente cinematográfico a "paranoid critique" de Dalí. Método  inspirado pelo trabalho de Freud no subconsciente e na inserção de imagens ocultas e duplas.



Dalí declarou: "Animação realça a arte, suas possibilidades são infinitas".

O enredo do filme foi descrito por. Dalí como "Uma exposição mágica do problema da vida no labirinto do tempo". Já Walt Disney dizia que era "Uma simples história sobre uma jovem garota em busca do verdadeiro amor".



 O projeto foi cancelado devido a problemas financeiros que o estúdio enfrentava após a 2GM. A  compilação de curtas encontrada em Fantasia de 1940 acabou sendo um desastre pela rejeição do público e o estúdio acabou perdendo o mercado europeu quando a Segunda Guerra Mundial foi iniciada. A Disney ainda foi tomada pelo exército nos anos de guerra e acabou produzindo cartoons para treinar as tropas.

Em 1999, Roy Edward Disney, o neto, chamou o estúdio parisiense da Disney para finalmente continuar o belo trabalho e a direção ficou a cargo do francês Dominique Monfréy.

A música é do compositor mexicano Armando Dominguez interpretada por Dora Luz, a seguir veja a letra:

"Leia na palma da minha mão 
A linha de minha propriedade e minhas tristezas, 
E nunca, nunca me disse 
Meu destino do amor.
Ai! Vida , ai! 
Por que o destino negro,
Quão difícil o caminho e eu tenho que ir.
Destino, se soubesse como esquecer, 
Por favor, volte para adorar,
Eu não posso esquecer.
Caro, soube-me roubar, 
Cruel destino,  punhal mortal.
Destino,  volte ao meu lado, 
Eu chorei por ambos
Por esse amor ingrato." 



Assista a um vídeo da época da produção com cenas de um encontro de Salvador Dalí e Walt Disney



Postado por Andressa Yamashita

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3 comentários:

Elias Menezes disse...

Ahhh, o video está fora do ar!

A Disney e os direitos autorais! rs

Elias Menezes disse...

Desculpe a falta de classe.. rsrs

Muito bom post Andressa!!!

Andressa disse...

Olá Elias, valeu! Fiz o teste aqui e o vídeo está funcionando.
Por acaso você é o Elias que estudou webdesign comigo?