Blá Blá é um conto interativo que explora os princípios fundamentais da comunicação humana. O espectador é parte integrante da obra: sem ele, os personagens permanecem inertes esperando a próxima interação. A história é dividida em seis capítulos, cada um retrata um aspecto diferente da comunicação: a aprendizagem de uma língua, a conversa, a expressão de emoções, o desentendimento, a reflexão, a repetição de um comportamento. Uma peça muito divertida, inovadora e bem feita.
"A relação entre o usuário e o filme é parte da mensagem", explica Vincent Morriset, o diretor do projeto.
"Nós escrevemos e criamos com base em um material universal. A natureza social dos seres humanos, nosso medo do desconhecido, o desejo de apropriação e liberdade"
Ao desenvolver Blá Blá, o diretor pesquisou narrativas interativas, buscando uma linguagem visual
específica para o domínio online. Ele também trabalhou com talentosos
colaboradores criativos para este projeto, incluindo a designer Caroline
Robert que ficou responsável pela "cara" do projeto, o compositor
musical Philippe Lambert e o desenvolvedor de software Édouard
Lanctôt-Benoît.
A narrativa é povoada por personagens gerados por uma variedade de métodos, desde o tradicional ao high-tech. Blá Blá utiliza xerografia, desenho sobre papel, actionscript e bonecos de stop motion combinados com mapeamento em tempo real em 3D.
"Eu sou inspirado por projetos que se sentem livres esteticamente. Eu queria que Blá Blá fosse artesanal, imperfeito, frágil"
Morriset
Blá Blá se destaca em sua ênfase na obtenção de uma resposta emocional no espectador e na sua gramática de edição não-linear. Através do próprio formato do trabalho, Morisset aborda os desafios de contar uma história com o espectador como participante. Com o apoio do NFB (National Film Board of Canada), ele criou uma visão da comunicação humana, de nosso comportamento natural e a interação com os outros.
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