“Atama-Yama” é um curta-metragem japonês de animação de Koji Yamamura. O filme foi indicado ao Oscar na categoria “Melhor curta-metragem de animação” em 2003, mas perdeu para o medíocre “The ChubbChubbs!“, da Sony Pictures Imageworks (Estados Unidos). Apesar disso, foi eleito melhor curta-metragem no festival de Annecy (França) de 2003 e premiado nos festivais de Zagreb (Croácia) em 2004, Leipzig (Alemanha) em 2003, Hiroshima (Japão) em 2004, além de diversos outros festivais.
“Atama-Yama” conta a história de um homem sovina que a cada dia acumula mais lixo em sua casa (pode-se deduzir que ele sofra de disposofobia). Ele guarda tudo o que considera ainda utilizável. Sua frase preferida é “Que desperdício!”. Certo dia, o homem coleta algumas cerejas caídas na calçada e as leva para casa. Enquanto as saboreia, pensa que é um desperdício jogar os caroços fora, e os come também. Isso faz com que uma cerejeira comece a crescer no topo de sua cabeça, o que o leva a experimentar uma série de situações surreais.
Uma curiosidade a respeito de “Atama-Yama” é que Koji Yamamura fez o character design, produziu os cenários, animou e dirigiu o filme praticamente sozinho, contando apenas com uma pequena equipe. Um feito impressionante, considerando-se a excelência do resultado final.
É interessante notar também que o curta-metragem é narrado como um “nagauta“, um tipo de acompanhamento musical japonês utilizado no teatro “kabuki“, em que cantores narram a história enquanto o “shamisen“, tradicional instrumento musical de três cordas, é tocado.
Atama-Yama possui um dos finais mais surpreendentes em filmes de animação. A forma como foi representada a imersão do personagem em si mesmo e sua consequente morte é realmente impressionante.
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